sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ação de Otoni beneficia alunos de Pedagogia e Biologia

29/Abril/2014 - Ação de Otoni beneficia alunos de Pedagogia e Biologia;
“Uma experiência única”. Assim, o deputado federal Rubens Otoni (PT) definiu a participação de estudantes de Pedagogia e Biologia do Centro Universitário de Anápolis (UniEvangélica) no ‘Projeto Conhecendo o Congresso Nacional’. Nesta quarta-feira, 39, destes cursos, beneficiados por esta iniciativa, foram a Brasília conhecer um pouco mais sobre a estrutura e funcionamento de importantes entes públicos federais. Rubens recebeu pela manhã os futuros profissionais no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
 
Esta ação voltada aos universitários é parte de uma parceria entre a UniEvangélica e o Mandato Popular de Otoni. “Queremos incentivar os alunos a ultrapassar as barreiras da sala de aula. Por meio do projeto, eles têm a oportunidade de ver de perto o funcionamento de estruturas de poder importantes para o país, que eles só veriam nos livros”, declarou. Após a recepção do deputado, os estudantes partiram para uma visita à Câmara dos Deputados e Senado Federal, guiados pela assessora parlamentar Sábytha Araújo.
 
No período da tarde, as visitas continuaram. A partir das 14 horas, foram visitados o Palácio da Alvorada e o Memorial JK. Criado em 2007, o projeto já beneficiou mais de 5 mil estudantes goianos.
 
"Ao terem acesso ao funcionamento do Poder Legislativo, do Poder Executivo e até do Poder Judiciário, eles têm condição de poder entender como é o funcionamento dos poderes e assim exercer melhor a sua cidadania", destacou Rubens Otoni. 
 
 
Palácio da Alvorada
 
O Palácio da Alvorada, projetado por Oscar Niemeyer, é uma das mais importantes edificações do modernismo arquitetônico brasileiro e o primeiro prédio construído em alvenaria na nova capital. Está localizado numa península que divide o Lago Paranoá em Lago Sul e Lago Norte e abriga a residência oficial do Presidente da República. Em 30 de junho de 1958, com sua inauguração, passou a ser a residência do então Presidente Juscelino Kubitschek.
 
 
Memorial JK
 
Localizado em um dos pontos mais altos de Brasilia, o Memorial JK foi construido no espaço em que, no 3 de maio de 1957, antes mesmo da transferência da Capital, foi celebrada a 1ª missa de Brasília, por Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, Cardeal Arcebispo de São Paulo. Num altar de lona e madeira, concebido para a solenidade pelo arquiteto Oscar Niemeyer, realizava-se, como no dia 26 de abril do ano de 1500, em Porto Seguro, um ato de profunda religiosidade, para marcar a presença de Deus e do homem na solidão do Planalto Central.
 
 
Assessoria de Comunicação: Felipe Homsi
Fotos: Blog do Planalto e Portal memorialjk.com.br
Tel: 62 3701-0619 / assessoria.imprensa@rubensotoni.com

domingo, 9 de março de 2014

NÃO TROCO UM SÓ GARI POR MIL BORIS CASOYS












Evito me intrometer na política do RJ, pra mim uma das mais estranhas, imprevisíveis e complexas do país, por várias razões. O que dizer de um eleitorado que vira e mexe se diz "vanguardista" por levar o "comunista arrependido" Fernando Gabeira para o segundo turno em 2008 (ele quase ganhou o pleito, por sinal) e depois vota no pretenso socialista Marcelo Freixo, em 2012? Que elege figuras díspares que vão de Marcelo Crivella a Jean Wyllys para o legislativo? 

Pra mim, como "outisider", fica difícil ver coerência política e ideológica no voto dos cariocas, principalmente na transição entre um grupo político e outro - isso quando não misturam alhos com bugalhos. Ou é só impressão minha e tem explicação lógica para essas alternâncias? Se alguém quiser tentar me explicar, fique à vontade...

De qualquer forma, já tinha manifestado uma coisa antes aqui e volto a dizer: tiro o chapéu para TODOS os profissionais da limpeza urbana, cariocas ou não. Uma das profissões mais árduas, necessárias (como ficou categoricamente provado nos últimos dias) e injustamente remuneradas do país. Para muito além da capital fluminense, em qualquer município eles ganham mal. 


Mesmo com o significativo acréscimo que vão receber agora, convenhamos, ainda ficou bem aquém do que mereciam. Mais que isso, são discriminados como párias sociais, sinônimos de "fracasso" não só econômico co o pessoal, assim discursivizados por gente que nasceu em bercinho de ouro e nunca precisou realmente pegar no pesado para botar comida na mesa até bem pra lá dos 20 anos, nem viu seu salário mal e porcamente render almoço e janta todos os dias.

É aí que cabe lembrar do ex-graduando do Mackenzie no período da ditadura e então ativista da organização mauricinho-terrorista "Comando de Caça aos Comunistas" (CCC), Boris Casoy, hoje célebre âncora do PiG (Partido da imprensa Golpista), sempre circulando entre uma emissora e outra no oligopólio midiático, mas em todos os casos bravateando as mesmas asneiras reacionárias contra qualquer coisa que cheire a melhoria factual na vida dos pobres. 


Uma das mais famosas, para quem não lembra (eu não vou esquecer nunca) foi a declaração de forte cunho elitista fazendo troça com as boas festas desejadas por garis no réveillon de 2009. Detalhe: Casoy relincha esse elitismo ao mesmo tempo em que toma as dores da falecida proprietária (e sonegadora, claro) da Daslu, aquela grife de socialites inúteis que, a exemplo de Casoy, representam o mais baixo na escala do caráter e do intelecto. Tudo isso aconteceu com aval do Tribunal de Justiça de São Paulo, que não viu ali insulto à classe dos garis e isentou o âncora e a BAND de pagarem uma multa que realmente doesse no polpudo bolso deles!

Interessante notar também o baixo comparecimento da turma medioclassista do "não vai ter copa" nessa greve. Será que estavam todos de ressaca pós carnaval e voltaram pra "mimir" na casa do papai enquanto isso acontecia? Ou greve dos que estão realmente na base da pirâmide econômica simplesmente não tem tanta "graça" quanto reclamar da Copa, do porto de Mariel e outras pautas da Veja? 


Quem conhece bem esses universitários sabem o quanto de desprezo eles tem por profissionais como os garis, por mais que tentem dissimular. Pra quem duvida, é só lembrar do quando eles fugiram igual o capeta da cruz quando o governo propôs que trabalhassem para pobres (ou seja, justamente os GARIS, entre outros operários mal remunerados que pagam via impostos a graduação deles) por dois anos no SUS logo após se formarem...

Esperei até o fim da greve para chegar a essa conclusão, de modo a não ser injusto e ceder o benefício da dúvida aos coxinhas mascarados. Vai que eles me surpreendem positivamente. Mas agora não dá mais pra negar que, de fato, eles deixaram a garizada se virando sozinha. E olha que a greve era contra a prefeitura, ou seja, toda voltada contra o Estado e nada contra a iniciativa privada, bem ao gosto dos nossos "anarquistas" de livre mercado. Mas mesmo assim, nada de apoio significativo, só umas "saudações" nas redes sociais.

Vale a pena lembrar que, em São Paulo, vai ter muito gari esse ano deixando de ter desconto no IPTU por obra e graça, ao menos em parte, dos black bloc paulistanos, que se alinharam com a FIESP contra a equidade tributária. Em compensação, tem rico que vai deixar de pagar o mesmo imposto acima da inflação. Ficou do jeito que o Boris Casoy gosta. Ou alguém realmente acha que a ausência de Casoy seria mais danosa à sociedade que a dos profissionais da limpeza? Do alto de suas mansões, de seus jatinhos e iates (que, aliás, nem pagam IPVA!), essa gente não produz nada de realmente útil à sociedade e ganha 20, 30, 40 vezes mais que um gari. Isso, sim, é uma vergonha!

Garis conquistam reajuste de 37% e encerram greve no Rio: http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/03/garis-conquistam-piso-salarial-de-r-1-100-e-encerram-greve-no-rio-8129.html

As opções de classe de Boris Casoy: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/02/as-opcoes-de-classe-de-boris-casoy.html

Justiça isenta Boris Casoy e Band de multa de R$ 3,5 milhões a garis: http://televisao.uol.com.br/noticias/redacao/2013/07/23/justica-isenta-boris-casoy-e-band-de-pagar-multa-de-r-35-milhoes-a-garis.htm

Bóris Casoy acusa Lula pela morte de ex-dona da Daslu: http://www.blogdacidadania.com.br/2012/02/boris-casoy-acusa-lula-pela-morte-de-ex-dona-da-daslu-2/

Boris CCCasoy, um mauricinho pró-ditadura militar: http://cloacanews.blogspot.com.br/2010/01/exclusivo-boris-casoy-e-o-comando-do.html

sábado, 2 de novembro de 2013

A revolução dos Beagles

No mundo ideal, homens, cães, ratos e pobres serão todos iguais, mas uns serão mais iguais que os outros. Por Matheus Pichonelli
Bichos
Não adianta lutar pela humanização dos animais quando se aceita a existência de humanos de segunda categoria
Tempos atrás, escrevi neste site a história, real, de um cão que resolveu colocar o focinho em uma vasilha de plástico, ficou preso e saiu em disparada com o latido sufocado no recipiente (Leia clicando AQUI). De onde estava, vi metade da cidade se mobilizar para salvar o pobre que, no desespero, cruzava as ruas sem a menor prudência. Dava dó.

O garapeiro, o guarda de trânsito, os motoristas e os casais de namorados: não houve quem, diante da cena, não se mobilizasse para arregaçar as mangas e salvar o animal. Foi daquelas provas de que a humanidade ainda tinha jeito: não perdeu a sua capacidade de sentir nem de transferir a sua humanidade a quem passa por apuros. É o que se chama de alteridade, ainda que o outro tenha rabos e patas.

Foi o que pareceu, também à primeira vista, o resgate na última semana dos cães da raça Beagle em um laboratório de testes em São Roque, no interior de São Paulo. Segundo as primeiras notícias, os cães estavam assustados e alguns, machucados. Em um país que só agora parece pegar gosto em se mobilizar para exigir direitos de naturezas múltiplas – da redução da passagem de ônibus ao fim da corrupção, da gripe e da maldade em todos os corações – o direito dos bichos virava uma pauta – digníssima, note-se.

Ao que parece, é cada vez maior o número de pessoas indispostas a aceitar maus-tratos em animais. Um grande avanço para quem, até pouco tempo atrás, aprendia a cantar na escola um hino ao aniquilamento felino. Hoje, quem ousou um dia atirar o pau no gato não se elege nem para síndico do prédio – o vereador mais bem votado da maior cidade do País, por sua vez, tem o desenho de um cão, e não a sua foto, como bandeira de campanha.

A consolidação das leis de proteção de animais e a construção de hospitais públicos veterinários são símbolos dessa transformação. (Dia desses, um vizinho bateu à porta da casa de minha mãe com uma ameaça: se o nosso gato voltasse a arranhar a lataria do seu carrão, o gato apareceria envenenado e morto em casa.

Diante da gentileza, ela foi até uma delegacia da Polícia Civil e registrou o boletim de ocorrência. Saiu de lá com a garantia de que se o gato tivesse uma simples gripe a partir dali, o sujeito seria intimado, acusado, eventualmente processado e eventualmente preso por maus tratos. Sem direito a fiança. Ao menos na lei, o direito à humanização dos bichos prevalece sobre a humanização dos automóveis. E é bom que seja assim).

O episódio do resgate dos Beagles, no entanto, diz mais sobre o nosso encarceramento do que o dos bichos. Diz muito também sobre a alienação cultural em relação ao que nós mesmos consumimos e alimentamos. É mais ou menos como se, aos 30 ou 40 anos, alguém se chocasse ao descobrir como é que as crianças vieram parar no mundo.

No caso, não as crianças, mas as vacinas, os medicamentos, os tratamentos, os testes. O que não deixa de ser curioso: nosso primeiro contato com as galinhas é uma caixa de isopor com doze ovos que não foram gerados espontaneamente em uma gôndola de supermercado. Tampouco o churrasco do fim de semana.

O que os olhos não veem, dirão os despreocupados, o coração não sente, e não precisamos assistir ao aniquilamento de bois e vacas nos pastos e frigoríficos para saber como surge o almoço, nosso e dos pets a quem oferecemos abrigo, proteção e alimento. Nesse sentido, a visualização da dor, simbolizada pelos Beagles – como não querer levar para casa? – parece ter produzido uma revolta tardia. 
Como escreveu um amigo: como vocês achavam que eram feitos os testes de medicamentos? Com jacas?

A resposta pode ser bem melhor do que as que vêm sendo formuladas após o episódio. Por exemplo: transparência, monitoramento, redução do uso de animais e métodos para evitar a dor desnecessária são mais do que recomendáveis. Inclusive para a produção de alimentos. Hoje, a imagem das empresas está diretamente associada à sua responsabilidade em relação ao meio – e, consequentemente, à sua capacidade de evitar desperdícios, o uso de trabalho infantil ou escravo e a ação agressiva ao ecossistema.

O uso de animais em laboratórios passará pelo mesmo processo: quanto menos cruel o processo, mais chances de a pesquisa ser socialmente aceita. É o que vai separar os tempos futuros, de testes com células-tronco e outras inovações, com os tempos ancestrais, de sacrifícios, imolações e desprezo à vida, qualquer forma de vida.

A se notar as manifestações sobre o episódio, no entanto, ainda estamos longe desse salto civilizatório. Não que adorar animais seja sinônimo de desprezo a pessoas. Mas o precedente é, no mínimo, curioso. Em conversas, posts e artigos de jornais, o que se vê é a confirmação de um movimento, já citado aqui outras vezes, contraditório: a humanização dos animais e animalização do ser humano.

Na crônica citada, recorri a uma sociologia de boteco para rabiscar uma explicação ao fenômeno: à medida que as cidades crescem, passamos a conviver cada vez mais em ambientes insalubres; esbarramos no trabalho, nas escolas, nas casas de vizinhos e outras instituições fechadas com todo tipo de competição, ganância, trapaça, preconceito e intolerância.

Nesse ambiente, nos animalizamos e a ideia de lealdade se transforma em valor absoluto – e raro pelo contraste. Nessa, os cães ganham uma aura sagrada, mais ou menos como uma divindade indiana: são leais, amorosos, gostam da gente quase gratuitamente e não pulam o muro de casa para nos trair com o dono do cão vizinho. Os homens, nessa visão, são abjetos, pouco confiáveis. Elimináveis, portanto.

Nos jornais, como a candidatar-se ao Prêmio Relincha Brasil 2013 – expressão de outro amigo – houve quem escrevesse que, em vez de Beagles, a ciência usasse humanos em seus testes. Por exemplo, presidiários. Eles poderiam, chegou a sugerir a colunista, aceitar atuar como cobaias em troca da redução das penas. Não poderia ser mais clara: não aceitamos menos do que a humanização dos animais, mas não nos importamos com o estabelecimento de humanos de segunda categoria.

Os Beagles estariam, assim, em uma categoria intermediária entre os brancos livres detentores de direito e os negros, pobres e mulatos, os únicos que afinal cumprem pena, sem serem dignos de pena, no Brasil - ainda que mofem em detenções insalubres sem o direito sequer de serem julgados. Franz Kafka, que no livro A Metamorfose transformou o personagem Gregor Samsa em um enorme inseto – seu alter ego desprezado por sua tuberculose, segundo a interpretação mais plausível – não iria tão longe.

Séria ou não, a proposta, de apelo popular indiscutível, lançou as bases de uma nova categoria de indignação: a humanização seletiva. Os ratos deixados para trás na operação resgate em São Roque não poderiam se sentir menos prestigiados.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CHEGA DE VIOLÊNCIA. QUEREMOS PAZ!

Luis Cesar Bueno usa a tribuna para criticar a onda de violência em Goiás

A Violência explodiu em Goiás. O Poder público estadual não consegue conter a onda de violência que expande para todas as cidades. Dos 246 municípios, 195 estão sitiados pelas drogas, em especial o crack. O Tráfico continua solto. 
Quem chega até uma seguradora para fazer o seguro de um veículo sente no bolso o que é morar em um estado quase campeão no número de furtos de veículos. Ao abrir as páginas dos jornais deparamos com o alarmante número de homicídios que vítima em sua maioria jovens e trabalhadores. 
A Polícia está em greve, precisamos de ações de combate ao crime na segurança pública que garanta o constitucional direito de ir e vir do cidadão. Ocupamos a Tribuna para expressar o sentimento da sociedade e pedir Paz!
Assista ao vídeo!

sábado, 26 de outubro de 2013

Deputado Luis César Bueno - atuante na capital e no interior do estado

 

Encerramos o dia com várias visitas e reuniões na região sudoeste de Goiânia. Nos Setores Vilage Santa Rita e Bougaville estivemos com a presidente da Associação de Moradores, Marizete. No Setor Santa Rita visitamos a residência da companheira Salete em uma reunião organizada pelo Pedrão do PT.

No Setor Eldorado oeste outra reunião coordenada pelo Presidente da Associação Fabio junto com Cristiano Cavalcante e Waschingnton Alves. Em todas as atividades tivemos os agradecimentos das lideranças pelos resultados do nosso trabalho parlamentar na região. 

Foi uma oportunidade de rever vários amigos. Algumas reivindicações foram encaminhadas outras tantas já foram cumpridas. Nosso mandato tem sido um importante instrumento de resultados e participação popular.

Quem perdeu no pré-sal

Para quem apostou que o leilão do Campo de Libra seria um fracasso, o resultado é humilhante


Os críticos do pré-sal saíram do leilão em posição difícil.
Ao contrário do que sustentaram nas últimas semanas, duas empresas privadas de porte – a Shell e a Total – assumiram um papel relevante no consórcio, equivalente a 40 % de participação.
Para quem garantia que o leilão seria um fracasso porque só seria capaz de despertar o interesse de duas estatais chinesas, dado que por si só deveria ser visto como um desastre inesquecível, o resultado é um saldo humilhante.

A participação somada de duas estatais de Pequim, que dirige a economia que mais cresce no planeta, equivale a parcela assumida por apenas uma das multinacionais europeias.
Para quem avalia o sucesso e o fracasso de qualquer negócio pelo critério ideológico do privatômetro, o saldo é deprimente.
De cada 100 dólares extraídos do pré-Sal, a União irá receber, por caminhos diversos, um pouco mais do que 75%. É o caso de perguntar: os críticos estavam infelizes por que acham pouco? Ou acham que é muito? Você decide.

O mesmo se pode dizer da crítica ao método de partilha do Pré-Sal. Não faltaram observadores para dizer que ele se mostrou pouco adequado em relação a leilões convencionais. Como a partilha foi criada pelo governo Lula e aprovada pelo Congresso, podemos imaginar aonde se quer chegar.
O argumento contra a partilha é que nas outras vezes, apareciam mais empresas interessadas.

Mas, lembrando que não há petróleo grátis é sempre bom questionar. Havia mais concorrentes porque se oferecia um bom negócio para o país ou porque se oferecia o ouro negro na bacia das almas?
Será que a lei da oferta e da procura só funciona para provar as teses que nos agradam?
Claro que é possível ouvir um murmúrio clássico, aquele que consiste em falar que “poderia ter sido melhor”.

O problema é que essa é uma expressão faz-tudo, que se podemos empregar para falar do restaurante em que fomos ontem, do serviço da TV a cabo, e também para a cobertura da mídia no pré-Sal, não é mesmo?
Na prática, o saldo do leilão confirmou duas coisas. De um lado, o imenso desconhecimento de supostos especialistas sobre o mais volumoso investimento da história do país.
De outro lado, o episódio demonstrou uma opção preferencial por subordinar uma análise objetiva da realidade a interesses políticos.

Esta opção ajuda a entender a cobertura levemente simpática aos protestos realizados contra o leilão. Valia tudo para atrapalhar, até pedir ajuda a filhos e netos de manifestantes que, em 1997, quando ocorreu a privatização da Vale do Rio Doce, foram tratados como uma combinação de criminosos comuns e esquerdistas ressentidos.
Por mais que o debate sobre os rumos da exploração do petróleo tenham toda razão de ser, e não possa ser realizado de forma dogmática nem simplória, essa postura amigável de quem sempre jogou na força bruta não deixa de ser sintomática.
Não era a privatização da Petrobras que estava em jogo, embora sempre se procure confundir as coisas, num esforço para contaminar o debate político possível de nosso tempo com um certo grau de cinismo universal.

Promovido na pior crise da história do capitalismo depois de 1929, o que se pretendia no leilão era reunir meios e recursos para permitir a economia respirar, numa conjuntura internacional especialmente adversa. Quem conhece a história das crises do século XX sabe que há momentos que inspiram mudanças de rumo e orientação que não fazem parte dos manuais e cartilhas.
Com todas as distancias e mediações, pergunto se não seria o caso de pensar na NEP iniciada por Lenin, na Russia, procurando atrair investimentos externos de qualquer maneira?

Realizado um ano antes da eleição presidencial de 2014, o leilão de Libra foi uma batalha política.
Partidários de uma abertura paraguaia aos investimentos externos, típica de países que não possuem base industrial nem um patrimônio tecnológico em determinadas áreas, tudo o que se queria era condenar o governo Dilma por “afugentar investidores,” o que ajudaria a sustentar um argumento eleitoral sobre o crescimento de 2,5% ao ano – número que ainda assim está longe de ser uma barbaridade na paisagem universal, vamos combinar.

Em tom pessimista, poucas horas antes da batida de martelo, um comentarista deixou claro, na TV, que seria preciso esperar uma vitória da oposição, em 2014, para o país corrigir os problemas que tinham gerado um fracasso tão previsível.
O saldo foi oposto. Os investimentos vieram, em larga medida serão privados, como a oposição fazia questão. Estes recursos irão gerar empregos, encomendas gigantescas em equipamentos e, com certeza, estimular crescimento e a criação de postos de trabalho.
Medido pelos próprios critérios que a oposição havia formulado quando passou a divulgar a profecia de fracasso, o leilão foi um sucesso.
A derrota foi política

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Otoni: “O Brasil está apertando o pé no acelerador para sair da crise”


O deputado federal Rubens Otoni (PT) concedeu entrevista à Rádio Manchester nesta terça-feira, 22, pela manhã. O parlamentar foi entrevistado pelo radialista Jairo Mendes e falou inicialmente sobre o leilão, nesta segunda-feira, 21, do Campo de Libra, considerado, segundo o Ministério de Minas e Energia, “uma das maiores descobertas do pré-sal”. Otoni rebateu críticas recentes feitas sobre o leilão, em que muitos afirmavam que a iniciativa seria “a entrega do pré-sal” a empresas estrangeiras.

Rubens Otoni destacou que a exploração do Campo de Libra ocorre “num momento de crise internacional. Num momento quando eu vejo setores importantes fazerem críticas à nossa economia”. Este investimento, conforme pontuou, mostra que o Governo Federal está comprometido com o crescimento do país, que “hoje é uma referência no enfrentamento da crise”. Para ele, o leilão dará ao país perspectivas importantes de crescimento.

“Estamos dando grandes avanços e atraindo empresas importantes. Agora nós temos uma perspectiva real de investimentos”, explicou o deputado petista. A sanção pela presidenta Dilma Rousseff (PT) do Programa Mais Médicos, ato que ocorrerá nesta terça-feira, 22, também foi abordada pelo radialista Jairo Mendes. Rubens Otoni explicou que “o Governo Federal demonstra à sociedade brasileira o seu compromisso de busca pela solução dos problemas do país”.

Ele Enfatizou ainda o “comprometimento da presidenta Dilma pela busca de soluções”. Sobre uma possível repercussão negativa da sanção e queda na popularidade da presidenta, destacou que “ela cresceu na sua popularidade” e “hoje está em primeiro lugar (nas pesquisas).” A entrevista também foi uma oportunidade para que o deputado enfatizasse o caráter benéfico da recente doação, pelo Governo Federal, de maquinário agrícola a municípios com menos de 50 mil habitantes.

Uma retroescavadeira já foi entregue e, até fevereiro de 2014, cidades que se enquadram neste perfil receberão uma motoniveladora e um caminhão caçamba, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Chamadas de “investimento importantíssimo” pelo parlamentar, as máquinas, conforme destacou, serão adquiridas pelas prefeituras sem a necessidade de contrapartida dos governos municipais.

As única exigências são a necessidade de treinamento de uma pessoa para manusear os equipamentos e a obrigação do uso do maquinário na zona rural, em benefício dos agricultores familiares locais. Jairo Mendes perguntou se a doação das máquinas não teria, conforme muito afirmaram, um “viés eleitoreiro”. O parlamentar, defensor dos municípios goianos e incentivador das ações federais no Estado de Goiás, negou esta conjectura: “isso (a doação das máquinas) é reivindicação dos prefeitos, independentemente do partido político”.

O petista afirmou que esta ação faz parte dos investimentos do Governo Dilma de promover o desenvolvimento do país. “O Brasil está apertando o pé no acelerador para sair da crise”, referendou.

Cenário Político

O deputado Rubens Otoni falou sobre o contexto político atual, que culminará na realização de eleições em 2014 para escolha de deputados, governadores e senadores. Explicou que, para o pleito, a “estratégia da oposição é diferente de quem está no governo” e que “quem está na oposição tem que se articular nos bastidores”. Sobre a união da base de apoio à Dilma em Goiás, enfatizou: “Nós estamos trabalhando no sentido de criar uma relação de confiança”.

Sobre uma possível aliança entre os partidos que fazem parte da Base e o Partido Democratas (DEM), o petista explicitou: “não trabalho com essa expectativa”. Segundo informou, o próprio DEM “está dizendo que não tem como caminhar conosco”. Reiterou a importância dos partidos da oposição estarem unidos em um projeto único para 2014. “Se não for possível estarmos todos unidos no primeiro turno, criar um ambiente favorável”, conforme pontuou, para a união da base no segundo turno.

Assessoria de Comunicação: Felipe HomsiFoto: Arquivo MandatoTel: 3092 1013 / assessoria.imprensa@rubensotoni.com